O Hospital Dr. José Maria Morais, reaberto em 2017 e mantido pela Prefeitura de Coronel Fabriciano, ganhará uma nova maternidade e centro obstétrico. As obras de adequação e ampliação do espaço estão em andamento para implantar o serviço, desativado há exatos 15 anos.
A previsão é que já a partir deste mês de maio – ou seja, em menos de 30 dias – as mães fabricianenses assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) possam voltar a “dar luz” aos seus filhos no município, com o suporte de equipe multiprofissional, em segurança e atendimento humanizado. A informação foi confirmada pelo prefeito Dr. Marcos Vinicius nesta quinta-feira, 2/5.
“A nossa rede de saúde oferece pré-natal completo. E dentro de poucos dias, enfim, conseguiremos também assistir as mães na hora do parto com o suporte hospitalar adequado e humanizado para que tenham seus filhos na sua cidade. A reabertura da maternidade e o centro obstétrico é um compromisso meu – como pai, médico e gestor e que se torna realidade”, sintetiza o prefeito Dr. Marcos Vinicius.
A maternidade contará com centro obstétrico com três salas para partos, uma sala de cuidados intermediários com três leitos para recém-nascidos (em cuidados intensivos e semi-intensivos), sala de medicação e recepção. Também haverá dois quartos conjuntos com seis leitos para acolher a mãe, bebê e o pai após o parto.
A estrutura é suficiente para atender as gestantes do município. Vale lembrar que, assim como no Hospital Dr. José Maria Moras, o atendimento é 100% SUS.
“É um sonho de todos os fabricianenses voltar a nascer crianças dentro do nosso território. Nosso município teve a primeira maternidade da região, inclusive, por muitos anos, contou com duas maternidades nos Hospitais Siderúrgica e N. Sra. do Carmo. E muitas pessoas vinham para cá ter seus filhos, pois sentiam-se acolhidas pelos nossos profissionais. Por isso o título ‘Terra Mãe’ do Vale do Aço, que será resgatado com esta iniciativa”, lembra o secretário de governança da Saúde, Ricardo Cacau.
A maternidade e centro obstétrico funcionarão no segundo andar da ala nova do HJMM, construída pela Gestão Novos Tempos. As obras são realizadas em conformidade com os normativos da ANVISA.
FABRICIANENSES NASCIDOS EM FABRICIANO
A iniciativa da Gestão Novos Tempos vai colocar fim ao drama das mães fabricianenses assistidas pelo SUS que, por mais de uma década, recorrem aos hospitais de cidades vizinhas para “dar luz” aos seus filhos. Segundo dados da Secretaria de Governança da Saúde e noticiários regionais, o serviço foi oficialmente interrompido em 30 de abril de 2009 na instituição hospitalar (Siderúrgica).
Nascida e criada em Coronel Fabriciano, Brena Cabral Caldeira, está com 33 semanas de gestão e aguarda ansiosa a chegada de Raul – que pode nascer na maternidade e obstetrícia do HJMM. A gestantes é acompanhada pela rede municipal da saúde, com o suporte da equipe do Centro de Especialidades Médicas (CEM) para gravidez de alto risco.
“Fui acolhida na unidade e recebo um acompanhamento de pré-natal completo. Agora, com a abertura da maternidade no Hospital é para deixar mais completo o pré-natal. Como mãe, dá mais segurança saber que o meu filho poderá nascer aqui. Como fabricianense, me dá uma sensação de pertencimento”
ATENDIMENTO INTEGRAL PARA MÃE E BEBÊ
Para a médica da família da rede municipal, Thaís Hollanda Mendes Meneses, a reabertura da maternidade e obstetrícia no HJMM representa um grande ganho para o município.
“As nossas gestantes perdem um ‘pouquinho’ da referência e contrarreferência quando vão para outro município ter o bebê. Tem alguns exames e complicações que podem acontecer no momento do parto ou puerpério. E sendo tudo centralizado na cidade, conseguimos ter um contato mais direto com os nossos obstetras, comunicar com mais facilidade ter acesso a estes dados via sistema, permitindo o acompanhamento mais integral desta mãe”, explica a médica da família, Thaís Hollanda.
“Fora conforto para as nossas gestantes que não precisarão se deslocar para outras cidades, principalmente, àquelas mães que podem ter alguma dificuldade de locomoção, e precisar recorrer a ajuda de um vizinho ou mesmo transporte público”, completa.